sexta-feira, 7 de março de 2014

Sensibilidade Feminina!

Ao formar a mulher Deus dotou-a de sensibilidade não encontrada no homem. Por isso a mulher é especial e completa o que falta no homem. “Não é bom que ele esteja só,” disse o Senhor. Dar-lhe-ei uma companheira que torne seu trabalho mais agradável, que o auxilie a viver e usufruir a sensibilidade do Universo. A mulher é mais romântica. Mais sensível ao belo criado por Deus. Emociona-se ao receber uma flor. Os homens não contemplam flores. Chora ao ouvir o choro do recém-nascido, esquecendo a dor do parto. Algo especial, que levou Jesus a usar tal experiência para explicar aos doze o significado da separação que sua morte geraria em seus corações. A ressurreição traria de volta a alegria eterna da presença de Cristo aos corações dos salvos (Jo 16.20-22). O toque feminino no interior da casa deixa e transforma o lar em lugar agradável. O ambiente perfumado do lar, mesmo simples, é fruto da sensibilidade feminina. Ao adentrar qualquer ambiente é possível afirmar se nele há ou não o toque de uma mulher. Deus a formou assim e assim deve permanecer. Esta sensibilidade torna a mulher mais solidária, em todos os aspectos da vida. Caso você não concorde, convido-o a visitar um hospital. A probabilidade de um acompanhante do sexo masculino é mínima. Ao lado de um doente sempre há uma mulher, seja filha, mãe, esposa, irmã, nora ou amiga. Homens não suportam ficar ao lado da cama de um enfermo, especialmente terminal. A Bíblia relata-nos belíssimas histórias em que a ação feminina foi decisiva na vida de alguém. Algumas têm seus nomes citados. Outras, a maioria aparece apenas com a identificação do lugar em que atuou. É a história da sunamita. Natural de Sunem (II Reis 4.8). Rica, ofereceu ao profeta Eliseu uma refeição. O profeta foi cativado pelo tempero. Todas as vezes que passava por Sunem se dirigia à residência dessa mulher em busca de saboroso quitute. Não sabemos quantas refeições o profeta saboreou. O texto chama a atenção para a perspicácia e sensibilidade feminina. Ela diz ao marido: “tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus” (II Reis 4.9). As Igrejas deveriam dar maior atenção a essa narrativa bíblica. Colocar nas comissões de sucessões pastorais apenas mulheres. Evitariam convidar desequilibrados para o ministério e consequente divisões do rebanho. Elas teriam maior capacidade para verificar se o “pastor” a ser convidado é ou não homem de Deus. A sensibilidade feminina, sua observação persistente, os mínimos detalhes na vida do profeta leva-a a concluir que Eliseu era um homem de Deus. Comprometido com Deus e sua causa. Havia algo no semblante do profeta que o denunciava como alguém que mantinha íntima comunhão com Deus. Não era a mensagem de cada domingo, retirada da internet. Não era o púlpito que o fazia homem de Deus, mas, o seu agir diário. O profeta não tinha curso Comprova-se esta verdade ao ver o número de pastores nas Assembleias da CBB sem as esposas. de especialização. Não possuía títulos de pós-graduação. Era um homem do campo, acostumado a andar atrás do arado de uma junta de bois. Mas, possuía algo imprescindível: Comunhão com Deus. Carecemos hoje de pastores assim. Homens que durante a semana revelem compromisso e comunhão com o Senhor. Homens que não mentem. A sunamita providenciou uma pequena edícula junto ao muro para acolher o profeta. Proporcionando-lhe momentos de descanso e reflexão na árdua tarefa de conduzir o povo ao encontro de Deus. O profeta retribui a hospedagem recebida. Gratidão é elemento integrante na vida daqueles que foram alcançados pela graça de Cristo. Ser grato é característica do salvo. Numa sociedade ingrata e agressiva carecemos de vidas que saibam agradecer. Um copo d’água, uma refeição, o hospedar alguém que labuta no reino de Deus, reconhecer que o novo dia é um presente da misericórdia divina, transforma o viver diário em fonte de crescente alegria. Todas essas verdades afloram à mente ao pensar no Dia da Esposa do Pastor e no Dia Internacional da Mulher. Refletir sobre o atual papel da mulher na sociedade é um desafio. O embate de conceitos, a liberdade feminina, o feminismo que denigre o valor da mulher, a ação da mulher cristã na sociedade, na família, na Igreja, são assuntos que carecem de reflexão. A mulher cristã é diferente. A esposa do pastor, seu papel na Igreja ao oferecer suporte ao ministério pastoral e especialmente ao desempenhar as funções de esposa, mãe e ajudadora, há que ser reconhecido pelas Igrejas com mais carinho. Necessária a recomendação de Paulo aos Filipenses 4.3, nas Igrejas hoje. As Igrejas exigem muito da esposa do Pastor, mas, oferecem pouco em reconhecimento. Algumas há que são eximias pregadoras. Suplantam os maridos em tudo. As Igrejas recebem, alegram-se, mas esquecem da recompensa. Mesmo assim a esposa do Pastor não deixa de servir, de oferecer apoio ao esposo no desempenho do ministério. Às vezes derramando lágrimas pela ingratidão das ovelhas, sem mesmo revelar ao esposo o que ouve nos corredores do templo. Às esposas de Pastores o nosso reconhecimento pelo seu dia. Pelo excelente ministério que realizam. 

Autor: Pr. Júlio Sanches

www.pastorjuliosanches.org

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